Lygia Clark é uma artista belorizontina que inovou a arte contemporânea, aproximando-a da terapia psicológica. Ela preferia intitular-se como "propositora" a ser chamada de artista.
Em 1959, criou o neoconcretismo, objetivando fundamentar um novo abstracionismo na arte nacional.
Lygia envolveu-se com a pintura, mas eu gostaria de destacar seus "objetos sensoriais", que eram manuseáveis.
Seus trablahos deveriam ser manipulados pelos espectadores, sensibilizando-os e liberando a imaginação.
A artista chamou de Bichos chapas de metal articuladas, que assumiam diferentes formas após a manipulação do publico.
Segue o vídeo de um dos Bichos.
A partir de uma placa fotossensível associada a um dispositivo musical, elaborei o circuito elétrico para uma caixa de música.
Ao abrir a tampa, a placa fica exposta à luz, o que conduz à execução da música.
Contudo, o revestimento aplicado sobre a caixa não bloqueia completamente a passagem de luz. Então, mesmo com a caixa fechada, a música continua tocando em um ambiente iluminado.
Os domínós são uma sugestão para interromper a música, se isso for desejado: basta colocar uma peça de dominó sobre a placa.
Assim, é possível manter a caixa aberta ou fechada, com ou sem música.
A vontade do usuário determina o funcionamento do objeto.
Relacionando tal projeto às lições de Hertzberger, podemos considerar a caixinha como a urdidura que viabiliza o traçado de diferentes tramas. Diversos objetos podem ser guardados e, o dominó, por si só, proporciona distintas brincadeiras.
A caixa já possui sua identidade primária de depósito e ornamento, porém o que depositaremos e o modo como o faremos abre espaço para uma polivalência.
domingo, 5 de abril de 2009
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